terça-feira, 22 de novembro de 2011

Jundiá

Realmente à primeira vista, o lugar onde vivo assusta. Aos poucos, o susto cede ao fascínio, à surpresa da descoberta de muitos lugares escondidos ou ocultados numa comunidade da qual a natureza parece ter sido banida, com tanta poluição e restos deixados ao canto, esgotos e dejetos de usinas poluindo rios, brejos, açudes, e acabando com o pouco das belezas da natureza que ainda nos restam. Isto só em parte é verdade. Há vários sítios, fazendas, matas que embelezam nosso pequeno torrãozinho, mas que estão sendo esquecidos pelos seus próprios habitantes; pessoas estas, que esqueceram seus valores e abandonaram suas origens. Com isso, nossas memórias ficaram ao relento, abandonadas pelos seus próprios criadores, eles estão se esquecendo de que se não cuidarmos do nosso patrimônio ninguém o fará, porque cada um deve se preocupar com o que é seu. Já dizia o ditado popular: "Quem pariu Mateus, embale.", se isso é nosso temos que cuidar e valorizar principalmente pelo fato de ser nosso. Se eu crio uma coisa não vou gostar se alguém chegar e simplesmente a destruir, portanto, tenho o dever de não destruir o que Deus fez. Eu só peço a Deus que não me deixe morrer sem ver a mudança de minha terra, e a mente cauterizada de muitos mudada. Eu tenho um sonho, e nele eu vejo o rio Manguaba limpo outra vez e a natureza toda restaurada. Eu oro para que esse meu sonho venha a se tornar realidade para que pelo menos um dia, ao menos um dia, eu possa desfrutar dos primores que a minha terra ainda pode me oferecer.

                                                                                                                     (Alexandre Soares)

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