O rio Manguaba que já matou tantas vezes a fome de parte da população de Jundiá, que foi tão importante para o crescimento da nossa cidade, hoje se encontra assim... Poluído. Mas não é sobre isso que escrevo essa crônica, e sim sobre um dilema vivido e até mesmo esquecido por nós jundiaenses. Nesses dias, estamos a observar em nossa comunidade o descaso que está acontecendo. A cheia do Rio Manguaba veio assombrar os nosso moradores, mas vamos pensar um pouco em tudo o que está acontecendo. Será que não temos culpa no cartório? Será que isso tudo não tem um parcela de culpa nossa? Enquanto a Constituição Brasileira determina que "haja vinte e cinco metros de mata ciliar", temos poucas árvores nas margens do nosso Rio Manguaba e isso não é nem em todo lugar. Existem, por exemplo, áreas onde só existe uma ingazeira para sustentar a terra. Como não esperar um inundação numa situação como esta? A Constituição Brasileira também nos mostra no artigo quinto "que todo cidadão brasileiro tem direito a moradia digna", quando em nosso município se vê pessoas morando no Conjunto Jaime Machado, onde todos sabem que é uma lagoa aterrada. Será que isto está correto? Há possibilidades de se ter moradia digna num lugar desses? É de se espantar que haja inundações em nosso município? E vale ainda ressaltar a questão da má distribuição das cestas básicas. Enquanto muitos que estão precisando não conseguem obtê-la, outras que não precisam estão adquirindo-as. É bom analisarmos essa situação minuciosamente e vermos como tudo está caminhando.
Eu vou continuar cobrando. E você?
(Alexandre Soares)
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