domingo, 26 de agosto de 2012

É preciso usar armas


O município de Jundiá tem belezas que podem encantar-nos, embora muitas vezes estejam escondidas dos olhos da maioria dos cidadãos. Mas é fato que a população jundiaense convive, hoje, com uma triste realidade: a falta de saneamento básico, situação que pode ser revertida, mas para isso, deve haver esforço da sociedade como um todo.
Em algumas ruas de nossa cidade, vê-se o descaso da prefeitura para com os moradores, esgotos circulam a céu aberto pelas ruas, deixando um mau cheiro insuportável em diversos locais e causando também vários malefícios à saúde da população, mas esse não é um problema que se restringe apenas ao nosso município. A população brasileira produz, em média, 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia e desse total, apenas 36% são tratados. Quase 100 milhões de brasileiros vivem sem coleta de esgoto, que contamina os solos, corre a céu aberto e é fonte de graves doenças, responsáveis por 30% de nossa mortalidade. No Brasil, uma das maiores causas de morte associada à falta de saneamento é a diarreia. De acordo com a UNICEF, a diarreia mata quase 1.5 milhão de crianças por ano e mais da metade dos leitos de hospital no planeta é ocupado por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.
Acredito que essa situação pode ser revertida, mas para isso a população deve se levantar e reagir com o bom uso de suas ‘armas’, lutando por uma melhoria das políticas públicas, uma vez que, a contaminação das águas, do solo e o adoecimento da população são consequências da falta de políticas efetivas de saneamento básico. A instalação de esquemas de captação de água de chuva, formas diferentes de lidar com os resíduos e aquedutos, são formas de se lidar com esse problema ambiental que nos afeta tão terrivelmente, embora seja importante que saibamos que tudo se forma em um imenso ciclo, no qual, se qualquer um dos participantes do mesmo desiste do seu papel, tudo vai por água abaixo.
Enfim, de nada adiantará se ficarmos apenas um esperando pelo outro sem cada um fazer a sua parte. Devemos, portanto, fazer como Madre Tereza de Calcutá disse e sempre levarmos essa mensagem conosco: “Sei que o meu trabalho é uma gota no oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”.

                                                                                                         (Alexandre Soares)

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