O município de Jundiá tem belezas
que podem encantar-nos, embora muitas vezes estejam escondidas dos olhos da
maioria dos cidadãos. Mas é fato que a população jundiaense convive, hoje, com
uma triste realidade: a falta de saneamento básico, situação que pode ser
revertida, mas para isso, deve haver esforço da sociedade como um todo.
Em algumas ruas de nossa cidade,
vê-se o descaso da prefeitura para com os moradores, esgotos circulam a céu
aberto pelas ruas, deixando um mau cheiro insuportável em diversos locais e
causando também vários malefícios à saúde da população, mas esse não é um problema
que se restringe apenas ao nosso município. A
população brasileira produz, em média, 8,4 bilhões de litros de esgoto por dia
e desse total, apenas 36% são tratados. Quase 100 milhões de brasileiros vivem
sem coleta de esgoto, que contamina os solos, corre a céu aberto e é fonte de
graves doenças, responsáveis por 30% de nossa mortalidade. No Brasil, uma das
maiores causas de morte associada à falta de saneamento é a diarreia. De acordo com a UNICEF, a diarreia
mata quase 1.5 milhão de crianças por ano e mais da metade dos leitos de hospital
no planeta é ocupado por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.
Acredito que essa
situação pode ser revertida, mas para isso a população deve se levantar e
reagir com o bom uso de suas ‘armas’, lutando por uma melhoria das políticas
públicas, uma vez que, a contaminação das águas, do solo e o adoecimento da população são
consequências da falta de políticas efetivas de saneamento básico. A instalação
de esquemas de captação de água de chuva, formas diferentes de lidar com os
resíduos e aquedutos, são formas de se lidar com esse problema ambiental que
nos afeta tão terrivelmente, embora seja importante que saibamos que tudo se
forma em um imenso ciclo, no qual, se qualquer um dos participantes do mesmo
desiste do seu papel, tudo vai por água abaixo.
Enfim, de
nada adiantará se ficarmos apenas um esperando pelo outro sem cada um fazer a sua
parte. Devemos, portanto, fazer como Madre Tereza de Calcutá disse e sempre
levarmos essa mensagem conosco: “Sei que o meu trabalho é uma gota no
oceano, mas sem ele, o oceano seria menor”.
(Alexandre Soares)
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