Vivemos em um país totalmente capitalista que, como muitos outros, enfrenta diversos problemas sociais, a partir dos quais são levantadas inúmeras polêmicas. O desemprego no nosso país ainda é um fator que preocupa a população, que com o avanço tecnológico e com a falta de mão de obra qualificada vai ficando para trás e sendo obrigada a ceder espaço no mercado de trabalho para outros, muitas vezes pelo fato deles possuírem menos conhecimento sobre o ramo trabalhado.
Assim, muitas pessoas se viram como podem, não sendo raro vermos nos dias
atuais diversos jovens entrando no mundo da prostituição como forma de
sobrevivência.
Tramita na Câmara Federal um projeto de lei para
beneficiar os chamados "profissionais do sexo". Um dos deputados
defensores do projeto de lei disse que a prostituição é um trabalho normal,
assim como o de desportistas, modelos manequins, dentre tantos outros, uma vez
que ambos fazem uso do próprio corpo como forma de subsistências. Sendo assim,
os profissionais do sexo teriam direitos iguais aos outros profissionais das
áreas já citadas. Os benefícios ainda se estendem ao fato de que, esses
profissionais trabalhariam com carteira assinada para obterem direitos como:
décimo terceiro, férias, abono do PIS, etc.
Em meu ver, o mais viável seria tentar suprir as necessidades desses homens e
mulheres lhes oferecendo outras formas de sustento, mas não incentivarmos essa
prática. A degradação moral não ajuda no desenvolvimento de um país. Várias
potências como Roma, Egito e a antiga Corinto caíram por causa de seus
bacanais. Já os Estados Unidos são desenvolvidos, porém sabe-se que lá existe
um arraigado puritanismo.
Enquanto tantos giram em torno de preocupações tão banais, nós - e até os
próprios governantes - esquecemos às vezes de alertarmos a população com
campanhas, projetos, para chamarem a atenção da população quanto aos cuidados
que devemos ter com nosso próprio corpo, valorizando-nos, para termos uma vida
melhor. Pesquisas mostram que hoje em dia se gastam cinco vezes mais com
remédios para a virilidade masculina e com próteses de silicone do que com
pesquisas para a cura do Mal de Alzheimer. Diante disso, faço minhas as
palavras de Dráuzio Varella: "Daqui a alguns anos, estaremos vivendo em um
mundo onde teremos velhas de seios grandes e velhos do pinto duro, mas que não
se lembrarão para que servem".
Se tudo continuar como está, dentro de algum tempo caminharemos para um caminho
sem volta, no qual olharemos para nossos filhos e não os reconheceremos e se os
reconhecermos, seremos obrigados a dizê-los mais uma vez que tomem cuidado com
o que vão ser para o resto de suas vidas, pois já será chegado o tempo em que
teremos que admitir que nem toda profissão é digna.
(Alexandre Soares)
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